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domingo, 13 de setembro de 2015

Aldeia NOTÍCIAS - Estátua Chico Xavier



CHICO XAVIER É HOMENAGEADO E GANHA ESTÁTUA


13.09.15
Se estivesse vivo, o médium mineiro Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, teria completado 104 anos no dia 2 de abril de. Para lembrar a data, e para comemorar também os 90 anos de Pedro Leopoldo – município que fica a 40 quilômetros de Belo Horizonte – uma estátua do mais famoso líder espírita brasileiro foi instalada na praça que leva seu nome,no centro da cidade. Feita com 250 quilos de bronze, a imagem de Chico Xavier é uma obra da artista Vânia Braga, que também é natural de Pedro Leopoldo, e chegou a conhecer o médium, quando era pequena. 

“Eu já tinha um projeto de estátua em 2010, quando ele fez 100 anos, mas não consegui patrocínio. Sempre tive o sonho de retratá-lo”, diz a artista. A obra, que foi colocada na praça principal da cidade, mostra Chico Xavier já em idade avançada, com sua boina, sentado, e com seu mais marcante livro nas mãos, Nosso Lar – ele chegou a publicar 468 psicografias e vendeu 50 milhões de exemplares –, mas seus olhos estão voltados para frente, para as pessoas.

 “A inauguração da estátua foi o momento mais emocionante de minha vida. Quando tiramos o pano, foi difícil conter as lágrimas ao ver a população mais humilde, que praticamente não tem contato com a cultura, se emocionar com a figura de Chico”, lembra Vânia.

A estátua instalada em Pedro Leopoldo levou quatro meses para ser finalizada. A artista adianta à Encontro que seu primeiro projeto, de 2010, ainda pode se tornar realidade. É a figura de Chico mais jovem, usando a famosa peruca preta, e fazendo aquilo que o deixou famoso: psicografando. “Ele sempre esteve à frente de qualquer religião. O mais importante era seu comprometimento com as pessoas, sua vontade de ajudá-las”, completa Vânia Braga.

Quem quiser visitar a estátua de Chico Xavier, partindo de Belo Horizonte, basta seguir pela Linha Verde (MG-010), sentido aeroporto de Confins, e pegar a MG-424 até Pedro Leopoldo. A obra está na praça que leva seu nome, e que fica na rua Cristiano Otoni 555, Centro.

Fonte:





quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Aldeia NOTÍCIAS - Nome de rua SP



FUNDADORA DE PRIMEIRO TERREIRO DE CANDOMBLÉ PAULISTANO  TERÁ NOME DE RUA EM SÃO PAULO 


10.09.15
 São Paulo/SP – A Rua Ruiva, logradouro publico localizado em Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, mudará de nome em breve para Rua Manaunde, uma justa homenagem a sua fundadora. É que neste local encontra-se estabelecido o primeiro Terreiro de Candomblé de Santa Barbara, o primeiro de São Paulo fundado por Julita Lima da Silva, a saudosa mãe Manaundê, negra, nascida em Propriá, divisa do estado da Bahia com Sergipe, em 26 de fevereiro de 1926 e falecida na cidade de São Paulo no dia 23 de agosto de 2004, o Terreiro de nação angola da variante bantu. 

O Terreiro de Candomblé de Santa Barbara, marco histórico das tradições afro e de combate à intolerância na capital paulista, teve seu processo de urbanização nos anos 70, exatamente, no momento em que uma grande leva de migrantes se dirigiu para São Paulo. Esta sacerdotisa, iniciada pela famosa Nanã de Aracaju (Erundina Nobre dos Santos – 1891-1981), fixou-se em São Paulo a partir de 1958, e abriu seu terreiro em 1962 foi uma das mães-de-santo mais antigas da metrópole. 

Com o seu falecimento, Terreiro ficou por um longo período fechado para cumprimento de ritos fúnebres e reforma do espaço arquitetônico, vindo a ser reaberto às 19h00 do sábado 13 de dezembro do ano passado pela atual herdeira, Mam`etu Oyajidê – Pulqueria Albuquerque, de Matamba, que fez questão de realizar grande festa em honra a Bamborocema, Nkisi da fundadora. 

O evento, esperado com grande expectativa, pretende reuniu o maior numero de lideranças de povos e comunidades tradicionais de matriz africana da capital paulista celebraram com muito fervor a memória da lendária Mam’etu Manaundê. O projeto de apresentação de mudança do nome da Rua Ruiva para Rua Manaundê será apresentado na Câmara Municipal de São Paulo, pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL/SP), atendendo ao pedido formulado pela Taata Katuvanjesi – Walmir Damasceno, coordenador nacional do ILABANTU e dirigente tradicional do Nzo Tumbansi. 

Fonte: 
- Ombala Tumbasi



terça-feira, 28 de abril de 2015

::: Livro de Escravo é traduzido

28/04/15


Livro de escravo que viveu no Brasil é traduzido por historiador


Mahommah Gardo Baquaqua foi o único escravo a trabalhar no Brasil a escrever uma autobiografia e virou símbolo da luta abolicionista no mundo 

Do norte da África, passando por Recife, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, até se libertar da escravidão em Nova Iorque no ano de 1847. Assim foi uma parte da jornada de Mahommah Gardo Baquaqua, único escravo que passou pelo Brasil a ter escrito uma autobiografia.

“Uma interessante narrativa: biografia de Mahommah G Baquaqua”, em tradução livre, foi escrita em inglês e lançada pelo próprio Baquaqua em 1854 na cidade estadunidense de Detroit para arrecadar fundos para a campanha abolicionista.

O historiador Bruno Véras, com o apoio do Ministério da Cultura e do Consulado do Canadá, onde estão os originais da obra, estudou a publicação que deve ser traduzida para o português até o final de 2015, segundo noticiou o Jornal O Globo.

“Baquaqua sempre foi um personagem que me intrigou. Ele escreveu a única autobiografia de um africano escravizado em terras brasileiras. Apesar disso, ele não é conhecido em nossa História nem em nossos livros didáticos”, contou Verás em entrevista ao jornal carioca.

A história de Baquaqua começa onde hoje é o norte de Benin. Filho de um comerciante, ele estudou em uma escola islâmica e aprendeu a ler e adquiriu conhecimentos em matemática. Foi escravizado pelo Império Ashanti, pois trabalhava em uma rota comercial onde vendia especiarias. Tempos depois seu irmão o comprou, mas ele foi pego novamente e enviado para o Brasil.

Sua obra conta com detalhes como era o tratamento dos escravos desde a entrada nos navios negreiros até como os escravos os tratavam em terras brasileiras. "Meus companheiros não eram tão constantes quanto eu, sendo muito dados à bebida e, por isso, eram menos rentáveis para o senhor. Aproveitei disso para procurar elevar-me em sua opinião, sendo muito prestativo e obediente, mas tudo em vão; fizesse o que fizesse, descobri que servia a um tirano e nada parecia satisfazê-lo. Então comecei a beber como os outros e, assim, éramos todos da mesma laia, mau senhor, maus escravos", conta em uma passagem.

Quando saiu do Recife e foi para o Rio de Janeiro, seus conhecimentos em matemática e literatura fez com que ele atuasse dentro de um navio de comércio de charque entre a capital e o Rio Grande do Sul.

Em uma encomenda de café que tinha como destino Nova Iorque, Baquaqua conta que um inglês ensinou a palavra “liberdade” a ele e dois companheiros a bordo, já que os Estados Unidos já haviam abolido a escravidão. Ele tentou fugir do navio e acabou preso, mas com a ajuda de abolicionistas locais, conseguiu escapar da prisão e ir rumo ao Haiti.

O último local que se teve notícias dele foi na cidade inglesa de Liverpool, em 1857, provavelmente por conta de seu engajamento na luta abolicionista.


Fonte:
- Jornal Brasil de Fato




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

::: Racismo em escola


::: Racismo em escola de Campinas é denunciado ao Ministério Público :::


Para denunciantes, caso evidencia omissão de agentes políticos com o descumprimento da lei federal 10.639/03 e da LDB, que determinam o ensino da história afro-brasileira nas escolas.



Um possível caso de racismo contra uma funcionária nas dependências da Escola Estadual Jornalista Roberto Marinho, na região sudoeste de Campinas, foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE), pelo vereador Carlão do PT e o Grupo Força da Raça, na segunda (22/9). Segundo relatado pela vítima, que trabalha na biblioteca, alguns colegas de trabalho lhe disseram que a coordenadora da escola se referiu a ela como “negra maldita”, em uma reunião com professores, dia 10 de setembro. Ela afirma, ainda, que a direção da escola tem pleno conhecimento do fato. 



 O caso chegou ao conhecimento dos denunciantes por meio da campanha “É Racismo! Não É Um Mal Entendido”, realizada desde março de 2013 pelo mandato do vereador e grupos que atuam no combate ao racismo na região de Campinas. Na avaliação deles, o possível crime de racismo evidencia a omissão de agentes políticos com o descumprimento da lei federal 10.639/03, que incluiu na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, nº 9.394/1996) a obrigatoriedade do ensino regular da história afro-brasileira em todas as escolas do País (públicas e privadas). Embora em vigor desde 2003, a lei ainda não é aplicada na maioria das escolas. 


Fonte: http://www.carlaopt.com.br/

24/09/14






quinta-feira, 18 de setembro de 2014

::: Tombamento de 10 terreiros na Bahia


Decisão do Conselho de Cultura foi divulgada após sessão na quarta.Órgão argumenta que tombamento é melhor alternativa para proteger bens.

O Conselho Estadual de Cultura da Bahia aprovou, por unanimidade, um parecer da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural, que solicita o tombamento e o registro especial de 10 terreiros de candomblé em São Félix, no Recôncavo Baiano. A decisão foi divulgada após sessão realizada na quarta-feira (17). 

Em nota, o Conselho informou que o parecer é resultado de uma solicitação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura (IPAC), para que fosse feito o registro especial desses espaços como patrimônio imaterial. No entanto, a Câmara "decidiu que o tombamento é a melhor alternativa para garantir a proteção desses terreiros e a conservação dos seus espaços físicos". 

Segundo o Conselho, o registro especial proposto aos terreiros prevê a preservação dos aspectos simbólico-culturais. O órgão explica que a medida zela pelos bens imateriais, como as manifestações populares. Já o tombamento é voltado para a preservação física dos espaços, "para bens culturais materiais, como imóveis e obras de arte". 

Confira a relação dos terreiros contemplados no dossiê analisado pelo Conselho Estadual de Cultura da Bahia:
1 - Terreiro Humpane Ayomo Huntólogi
2 - Terreiro Viva Deus ( Asepó Eran Opé Olúwa) 
3 - Terreiro Aganju Didê 
4 - Terreiro Raiz de Ayrá 
5 - Terreiro Ilê Axé Ogunjá 
6 - Terreiro Lobanekum 
7 - Terreiro Ogodô Dey 
8 - Terreiro Dendezeiro Incossi Mukumbi 
9 - Terreiro Ilê Axé Itayle 
10 - Terreiro Labanekum Filha


18/09/14











::: Festa de Iemanjá Peruíbe



:::APROVADO NA CÂMARA PROJETO DE LEI DA FESTA DE IEMANJÁ:::


Comissão organizadora das festividades à Iemanjá
O Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Peruíbe, na pessoa da Conselheira Presidente Luciane Maria Carmeille, esteve dia 17 de setembro, presente à Sessão Ordinária realizada na Câmara Municipal e participou do momento em que foi lido e aprovado o Projeto de Lei que regulamentará as Festividades da Semana de Iemanjá no município.


O Projeto de Lei foi discutido entre os Sacerdotes e Sacerdotisas de Matrizes Africanas da cidade e com o apoio deste Conselho foi organizada em reunião que contou com a presença significativa de representantes de Casas e Templos de Peruíbe a Comissão formada por Sacerdotes e Sacerdotisas, que elaborou o documento entregue à Vereadora Mari Laila Tanios Maalouli, que prontamente convidou a Drª Vânia – responsável pelo Setor Jurídico do Legislativo de Peruíbe para que auxiliasse a Comissão nos detalhes necessários para que o documento fosse encaminhado às Comissões para posteriormente ser lido e aprovado em sessão.

Membros da Comissão Organizadora das Festividades da Semana de Iemanjá: Pai Luiz Santos – Casa Laje Grande, Aguinaldo Luiz Machado – Tenda de Caridade Sol Nascente C. Jurema , Yá Brígida de Souza Ferreira – Afefé Odara Omi Ayé Dída, Diogo de Souza – Abassá Odé Baomim Axé Tumba Jussara, Babá Eduardo Osumare – Ile Afujidan e Comunidade Lua Branca, Maurício Ogum – Kwê Gunjá, Pai David Veronezi – Tenda da Caridade, Eliane Deleu Yunes – Casa de Yemanjá Centro de Umbanda de Peruíbe, Olivan Luciano e a Conselheira Presidente deste Conselho – Luciane Maria Carmeille.


No dia de hoje o documento foi APROVADO em UNANIMIDADE pelos Vereadores presentes e para que Peruíbe efetivamente tenha em seu Calendário Anual de Eventos a SEMANA DE IEMANJÁ, basta a sanção da Srª. Prefeita Municipal.


Este Conselho parabeniza a Vereadora Mari Laila Tanios Maalouli que abraçou esta iniciativa popular, as pessoas que estiveram envolvidas direta e indiretamente e todos os Sacerdotes e Sacerdotisas envolvidos neste processo que é um marco histórico para nosso município e estamos certos de que haverá o respeito às Tradições Religiosas e o Presente de Iemanjá será realizado por todos nós!


Fonte: Conselho da comunidade negra de Peruíbe
18/09/14



domingo, 13 de julho de 2014

::: Registro de Nomes Africanos

13/07/14



Há 22 anos, nascia a primeira filha do compositor, arte-educador e poeta Guellwaar Adún. Conhecedor  da cultura africana e tendo o candomblé como religião, Guellwaar desejava que o nome da sua filha correspondesse aos valores e crenças dele e da mãe da menina. Decidiram, então, que a criança se chamaria Kemi, nome comum na África e que significa “abençoada”.

Na época, ao tentar registrar a filha, Guellwaar esbarrou em um problema que ainda
permanece nos dias atuais: a dificuldade de registrar filhos com nomes africanos.Esteve em três cartórios e, em todos, não só os oficiais de registro se recusaram a registrar a criança, como também tentaram convencê-lo de que seria melhor optar por um nome mais “comum”.

“Foi algo constrangedor. Tentava explicar que não tinha escolhido esse nome porque o achava bonito, mas porque tinha a ver com a história da minha família, com meus ancestrais, mas foi bem difícil”, afirma. Há menos de 4 anos, se viu obrigado a passar pela mesma situação. Foi quando nasceu a sua segunda filha, fruto do seu atual relacionamento. Dessa vez, o nome escolhido foi Ominirê, que significa “água da sorte” em iorubá.

Foi ao cartório e ouviu da oficial que o registro não seria possível. “Ela pegou um livro antigo de nomes  brasileiros e disse que Ominirê não existia na lista. Expliquei que este era o nome de reis e doutores africanos, que bastava ver na internet, mas ela disse que não tinha como acessar”.

Guellwaar teve que ameaçar chamar seus colegas do movimento negro para ter, enfim, o seu pedido atendido. “O que leva um oficial a permitir o registro de nomes católicos como Bento e Pedro, por exemplo, ou de nomes franceses e ingleses e a criar problemas com os nomes de orixás e africanos?”, questiona o compositor. É o que também pensa babá Farofim (Eldon Araújo Lage), babalorixá do terreiro Ilê Axé Fará Ayó Aladê Ologum Edé, localizado na Estrada Velha do Aeroporto. Até hoje, ele não consegue entender o que levou o oficial do cartório em que registrou a sua filha, Sophia Adeloyá, de 3 anos, a aceitar de forma tranquila o nome grego e a criar barreiras com o nome africano.

“Adeloyá significa ‘pessoa que carrega a coroa de Iansã’. Minha filha nasceu no dia 4 de dezembro, dia de Iansã. Além de ter tudo a ver com a nossa história e cultura, existe uma razão para a escolha desse nome, mas eles ignoram. No final, tive que registrá-la como Sophia Adeloya, sem o uso do acento porque eles disseram que o nome teria que seguir o padrão gramatical utilizado no Brasil”, explica babá Farofim.

  Origem  

Mãe do garoto Yombo Mbiya, 8, e da menina Nzeba Bilonda, 6, a professora de antropologia Taynar Pereira teve mais sorte no momento de registrar os filhos, segundo ela, por uma razão: o pai deles tem origem africana. “Com certeza, isso facilitou. No caso de Nzeba houve uma certa resistência, mas bastou meu ex-marido apresentar os documentos e mostrar como se escrevia para que o oficial fizesse o registro”, conta. Para a antropóloga, colocar nomes africanos nos seus filhos é uma forma de reconstruir a imagem do negro na sociedade.

“Acredito que essa resistência existe porque o que é atribuído ao negro ainda é visto como algo negativo. O nome que a gente escolhe para as nossas crianças é justamente uma forma de desconstruir essa negação e de reafirmar a nossa história e identidade”.

  Conheça mais sobre o assunto A Lei  

- De acordo com a Lei Federal n° 6.015 de 1973,  o oficial de registro civil deve recusar prenomes que exponham a pessoa ao ridículo ou que possam causar constrangimento  e problemas sociais Recusa - Caso o oficial não efetue o registro, cabe aos pais inconformados com a recusa submeter o caso, por escrito, ao juiz competente para que ele possa julgue o caso. Não há tempo determinado para o julgamento Critérios  - O argumento utilizado pelos pais está entre os critérios para a avaliação do nome. Quando foge ao usual, é solicitado que o responsável informe a sua origem e que justifique a escolha Gramática - Os oficiais normalmente orientam os pais ou responsável para que a grafia, especialmente a acentuação, esteja de acordo com as normas gramaticais vigentes Mudança do nome  - Caso a criança não goste ou se sinta constrangida com o nome que lhe foi atribuído, é possível fazer a alteração do prenome no primeiro ano após ser atingida a maioridade civil, entre os 18 e os 19 anos. Depois disso, só casos específicos estabelecidos em lei Documentos  - Para alterar o prenome (exceto se houver um claro erro de grafia) é preciso convencer um juiz de que ele realmente provoca transtornos e que a mudança não trará prejuízos a ninguém. Além disso, a pessoa terá que substituir todos os seus documentos, além daqueles em comum com filhos e marido/esposa. 




quinta-feira, 10 de julho de 2014

::: Bonecas Negras x Barbie


Taofik Okoya cria bonecas negras para combater preconceito e vendem mais que Barbie


“Meu objetivo é mudar a realidade de milhares de crianças com brinquedos próximos de sua realidade”, disse o empresário Taofik Okoya, deixou o cargo de diretor da empresa de seu pai na África para abrir uma empresa de bonecas. 

A ideia surgiu quando ele precisou comprar uma boneca para sua sobrinha e percebeu que no mercado só haviam bonecas brancas e muito caras. Okoya então resolveu fazer algo importante pelas garotas africanas. Ele criou o projeto ‘Queens of Africa’ (Rainhas da África), uma série de bonecas negras, inspiradas em em grandes mulheres da história africana.


“Meu objetivo é mudar a realidade de milhares de crianças com brinquedos próximos de sua realidade”, disse o empresário. Com a maior população de crianças negras no mundo, as bonecas de Okoya atualmente são mais vendidas que as Barbie, na Nigéria, o que mostra um grande avanço cultural, pois muitas famílias tinham resistência a comprar bonecas, por considerá-lo um brinquedo elitista.



** Fonte: Geledes.org.br
10/07/14







terça-feira, 17 de junho de 2014

::: Juristas contra a Intolerância



 Grupo Multireligioso de juristas é criado para combater a  intolerância 

 Advogados irão agir conjuntamente em casos de denúncias de  discriminação 


RIO - Representantes de várias religiões decidiram criar um grupo de juristas para defender fieis das mais variadas matizes de casos de preconceito e intolerância. A decisão foi anunciada por integrantes de Igreja Católica, Umbanda, Candomblé, Budismo, Islamismo e Judaísmo. O grupo foi recebido num templo de candomblé, localizado no Bairro de Bonsucesso, na Zona Norte, nesta segunda-feira. A ideia surgiu depois que o juiz Eugênio Rosa, da Justiça Federal, afirmou, em sentença emitida a um pedido de liminar, que umbanda e candomblé não são religiões.

O interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, representante do candomblé, celebrou o caráter “inédito” da criação do grupo de advogados para defender os direitos das manifestações religiosas - tenham elas o cunho que tiverem. Ele conta que a ideia surgiu de uma conversa com representantes da Igreja Católica e começou a ganhar força nas últimas semanas. O grupo também irá acompanhar o desenrolar do atual processo na Justiça Federal.
- Vamos manter a mobilização e nossa ofensiva junto ao Judiciário. Com o grupo, começaremos a monitorar outras agressões e casos de preconceito que possam surgir. Finalmente, poderemos agir de forma unida - afirma Ivanir, emendando, ainda, que a investida de se reunir juristas em torno de várias crenças é inédita “no mundo”.
A tentativa das lideranças é mais ambiciosa e terá um obstáculo pela frente: trazer para o debate sobre intolerância religiosa representantes dos evangélicos, que ainda não sinalizaram positivamente neste sentido. Alguns dos vídeos acusados de desrespeitar umbanda e candomblé - e alvos do processo judicial em curso - têm como cenário, justamente, templos neopentecostais. Ivanir dos Santos declarou que já se abriu uma porta ao diálogo com algumas lideranças, mas ainda não houve avanço em definitivo. Ele sustenta que, com a decisão liminar do desembargador, as esperanças de uma vitória final na justiça aumentam.
- Com a decisão do desembargador uma luz se acendeu. Mesmo com o processo voltando para o mesmo juiz, acreditamos que temos uma chance grande de sairmos vitoriosos. Não somos contra a liberdade de expressão, mas contra o ódio e o preconceito (que seriam expostos nos vídeos).



Fonte:
* O Globo Online - Clique aqui (Por Juliana Prado)

17/06/14


sexta-feira, 6 de junho de 2014

::: Um Abraço que Vale Toda uma Luta



 Terreiro do GANTOIS



 UM ABRAÇO QUE VALE TODA UMA LUTA CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA  

Festa de 12 anos de Celebração 
de Mãe Carmen no Gantois


Em determinado momento da festa, filhos e filhas de santos da casa resolveram homenagear Mãe Carmen cantando à capela a música "A Força do Gantois" do grande mestre do samba, Nelson Rufino. Para valorizar a beleza e a força do canto espontâneo dos integrantes do Gantois, usamos no início da edição deste filme, a gravação do DVD de Nelson e que conta com a bela participação de Mariene de Castro. Mas, a cena mais tocante desse registro, histórica até, é o abraço caloroso entre Mãe Carmen, a Iyalorixá do Gantois e o Pastor Djalma Torres, líderes de religiões tão diversas, que celebram emocionados a concórdia, o maior aliado da paz contra a intolerância religiosa.




A FORÇA DO GANTOIS
Canto para Mãe Carmem
( Nelson Rufino )

A força do Gantois continua lá
Mãe Carmem mandou dizer num tom bem feliz
Que está seguindo o caminho que Mãe Minininha sempre quis
Na mesma fé, na mesma raiz
Quem se afastou por um tempo pode chegar
Bater cabeça de novo no Ganzua
Que a filha de Oxa Guiã tá lá para lhe receber
E lhe abençoar com as águas de Oxalá
Salve Dona Oxum, que cuidou de mãe menininha
Seu Oxa Guiã está cuidando da sua filhinha
Tem, tem muito axé no Terreiro do Gantois
Mãe menininha ensinou pra tudo continuar
Vem ver, vai lá confirmar
O bem, o dom que Deus dá





  CARMEN OLIVEIRA da SILVA  
(Mãe Carmen do Gantois ou Mãe Carmen de Oxalá)
Nasceu em 29 de dezembro de 1928, Salvador, Bahia.

Filha caçula de Mãe Menininha, Mãe Carmen de Oxaguian foi iniciada aos 7 anos de idade, nasceu e cresceu dentro da Casa do Candomblé e viveu grande parte de sua vida como Iyalaxé do Gantois. É mãe de 02 filhas, Ângela Ferreira Iyakekerê e Neli Cristina Iyadagan, tem 03 netos, sendo todos iniciados no candomblé, e 01 bisneta. Desde 2002, está no comando do Candomblé do Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé – Terreiro do Gantois, na cidade de Salvador, Bahia, quando assumiu o posto de Iyalorixá. 

Ao longo dessa trajetória, tem desempenhado um papel fundamental na preservação das tradições de sua família, que possui ancestralidade africana, dando seguimento com muito respeito, amor e firmeza à missão que os Orixás designaram.

Recebeu a Medalha 02 de Julho, pela Prefeitura Municipal do Salvador, entregue a personalidades baianas de destaque. E, pelo Governo do Estado, possui o título de Grã Mestre Comendadora. Em virtude de todo o trabalho que tem desenvolvido para preservação das tradições numa perspectiva de diálogo inter-religioso, Mãe Carmen foi agraciada com a “Medalha dos 5 Continentes ou da Diversidade Cultural”, comenda entregue pela Unesco.


Fonte: 
* Youtube - (Imagens captadas através de smartphone Motorola X pelo jornalista Valber Carvalho, Terreiro do Gantois, Salvador, Bahia, 30/05/2014) - Publicado a 05/06/2014

* Wikipédia - Mãe Carmem de Oxalá
  


pesquisa por Mãe Dinah D'Iansã
06/06/14
 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

::: Selo da UMBANDA

16/05/14


Umbanda é homenageada 
em selo dos Correios

Os Correios realizam nesta quinta-feira (15 de maio 2014) o lançamento do selo especial Umbanda - Sincretismo Religioso Brasileiro, durante sessão solene em homenagem à Umbanda, às 20h, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 

A cerimônia ocorreu no Plenário Juscelino Kubitschek de Oliveira, com a presença do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, do deputado federal Vicentinho e dos deputados estaduais Gerson Bittencourt, Leci Brandão e Luis Claudio Marcolino, além de líderes religiosos.

O selo traz a imagem, com fundo vermelho, a imagem de Zélio Fernandino de Moraes, e destaca dois atabaques, instrumentos musicais utilizados na prática dos rituais de Umbanda e símbolos oficiais da religião.

A técnica utilizada foi desenho digital, pela artista Lidia M. H. Neiva. A tiragem é de 600 mil selos, com valor facial de R$ 1,20 cada. As peças filatélicas podem ser adquiridas nas agências dos Correios, na loja virtual e na Central de Vendas à Distância (centralvendas@correios.com.br)


* Correios - http://www.correios.com.br/para-voce/noticias/umbanda-e-homenageada-em-selo-dos-correios









quinta-feira, 8 de maio de 2014

::: "O Tempo dos Orixás" em Cannes

08/05/14

Por Shirlene Marques


Em minhas buscas por boas pautas, no mar do Facebook, deparei-me com uma imagem e frase que me chamaram a atenção e que poderia ser pauta para o blog: Uma idosa e uma menina negra vestidas com os trajes usados no Candomblé, religião afro-brasileira que cultua os orixás. 

Inserida na imagem estava a informação de que o filme “The Summer of Gods” era um dos selecionados para ser exibido no maior Festival de cinema mundial, o Festival de Cannes, que será realizado entre os dias entre os dias 14 e 25 de maio de 2014, na França. Porém, parecia ser obra produzida por estrangeiro e o foco do meu trabalho é garimpar a produção das nossas negras e negros.

Fiquei cheia de perguntas e nada encontrava na mídia brasileira sobre tal filme. Informações oficiais da obra estavam em inglês e isto me deixou curiosa. Mas encontrei um caminho que decifrava: o filme era dirigido por uma negra brasileira de nome Eliciana Nascimento. Mas havia muito a ser descoberto. Missão conseguida com o apoio de outra cineasta negra brasileira, Viviane Ferreira, que também terá o seu filme O Dia de Jerusa exibido em Cannes. Ela fez a ponte para a realização desta entrevista com Eliciana, que me respondeu por e-mail, de San Francisco (EUA). A cineasta nos traz respostas que vão além dos quesitos técnicos, traduzindo a força de um filme que foi concretizado graças a uma campanha para arrecadar fundos.

Por dentro do The Summer of Gods

Quando se fala de Cannes, nós fazemos a conexão de que naquele espaço estarão reunidos poucos filmes, porém detentores de aspectos que o dignificaram para tal seleção. Seleção ora para a mostra competitiva, ora para exibição dentro da programação do Cannes Curta Metragem. 

Estar naquele espaço mostrando um filme, é digno de louvor. E, mais digno ainda, quando se descobre que um dos filmes selecionados para o “Short Film Corner”, o curta “The Summer of Gods” foi pensado e dirigido por uma mulher negra, brasileira, baiana, filha de um pai pedreiro e de uma mãe doméstica, a cineasta Eliciana Nascimento. 

O curta nasceu como projeto de conclusão de mestrado em cinema pela San Francisco State University, na Califórnia (EUA), por este motivo o título está em inglês, mas terá tradução para “O Tempo dos Orixás”.  Tudo começou quando ela fez uma atividade em classe sobre o resgate da memória: “ Relembrei o tempo que visitava a minha vó no interior da Bahia, onde naquele tempo e espaço fui  introduzida na tradição dos Orixás. O filme retrata minha experiência de infância; revela as memórias de minha mãe e descortina minha própria experiência de ser iniciada ao culto dos Orixás, depois de adulta”.

Para obter uma maior realidade ao roteiro, a meta da cineasta era fazer a gravação no Bahia. Mas Eliciana, então estudante, não tinha dinheiro para arcar com tal projeto.  “Resolvi fazer uma campanha online para buscar ajuda de amigos e familiares através do site Kickstarter. Embora tenha investido no filme, mais do que solicitei, a campanha foi um sucesso e pude contar com ajuda de 200 pessoas de várias partes do mundo. Fiz um vídeo com um brief sobre o filme e tive a participação de alguns dos meus professores de cinema. Além deles, o ator e ativista Danny Glover participou da campanha voluntariamente para me ajudar a buscar recursos”, explicou a cineasta.

Poucos dias

Com os recursos obtidos, Eliciana produziu o curta em 30 dias e em apenas uma semana captou as imagens na Bahia, exatamente no local que originaram as inspirações para o roteiro. “ Cerca de 90% do filme foi gravado em Ituberá, Bahia e redondezas da Costa do Dendê, que foi a cidade onde minha mãe nasceu e onde os meus ancestrais se originaram. Foi lá onde a minha vó morava em um quilombo e onde aprendi sobre o culto aos orixás”, detalhou Eliciana. Apenas uma cena foi gravada em Salvador (Bahia), a que simboliza a iniciação, pois os recursos não foram suficientes para levar o grupo de atores até o interior.   

No quesito equipe, Eliciana optou por poucos profissionais. Foram cinco na Bahia, durante a produção e seis no processo de pós-produção, que foi realizado nos Estados Unidos.  Para compor o elenco, a diretora contou com oito atores principais como a pequena Isabela Santos (Lili ) e Rosalinda Santos (Vó). O curta conta com a participação de 45 pessoas oriundas de grupos religiosos, bailarinos, músicos e habitantes do quilombo Riachão. 

Com quatro meses utilizados para finalização, The Summer of Gods ficou pronto para seguir a caminhada que começa em Cannes, na França. Fiz uma pergunta para Eliciana sobre toda a representatividade deste fato para ela. Irei quebrar as regras do jornalismo e copiar a sua “longa” resposta. Ela vai além da técnica:

“Ter o meu filme na programação de curtas de Cannes significa muito para mim. Eu sempre sonhei grande, sempre pensei grande e sempre quis ser grande, mas nunca sabia aonde minha mania de grandeza iria me levar. Graças aos meus orixás, ao meu respeito e dedicação que tenho a minha tradição fui concebida essa oportunidade. Tá sendo muito difícil para eu conseguir recursos para ir para Cannes. Já esgotei os meus recursos, acabei de me graduar e ainda estou tentando me estabilizar depois do gasto em produzir o filme. Mas farei o que puder para atender o Festival, pois essa é uma oportunidade única. Não é todo dia que uma mulher negra da periferia de Salvador, que cresceu em escola pública, filha de empregada doméstica e pedreiro que tem a chance de ir para Cannes com um filme escrito, produzido e dirigido por ela. Então tenho que ir para representar todas as meninas do meu bairro. Desejo que elas cresçam com essa ambição e aspiração de uma história melhor para nós mulheres negras. Com muita fé e axé chegarei lá”. Esta é Eliciana Nascimento.

** Confira:

- The Summer of Gods em Cannes 2014:
http://sub.festival-cannes.fr/SfcCatalogue/MovieDetail/96126605-8083-48d5-99a4-63bf557dba15

- Site oficial do filme:

- Fonte: 

Blog Postagens negras - http://postagensnegras.blogspot.de/2014/05/os-orixas-na-infancia-em-cannes-2014.html?spref=fb



quarta-feira, 9 de abril de 2014

::: Sessão Solene CIDADÃ CAMPINEIRA




Mãe Corajacy é 1ª mulher de religião de origem africana a receber título de cidadã campineira.

Categoria: Gêneros em Notícias
Publicado em Sexta, 21 Março 2014
Fonte Portal Geledés

Aos 70 anos de idade, Antônia Lima Duarte, mais conhecida como Mãe Corajacy, é a primeira mulher de comunidade tradicional de matriz africana a receber o título de Cidadã Campineira. O Projeto de Decreto Legislativo que propôs a entrega do título, de autoria do vereador Carlão do PT, foi aprovado por unanimidade na sessão de segunda (17 de março) da Câmara Municipal. A solenidade de entrega do título será dia 17 de abril, às 20h, no Plenário da Câmara. 

Entre outras realizações importantes de Antônia está a implantação em Campinas da Cerimônia de Lavagem da Escadaria da Catedral, tendo como referência a Festa do Nosso Senhor do Bonfim, na Bahia. Em 2014, esta cerimônia completará 29 anos em Campinas. A Lavagem da Escadaria da Catedral de Campinas é realizada todos os anos, no Sábado Aleluia. O objetivo da Cerimônia é celebrar a resistência do povo negro vindo de variadas regiões do continente africano, demonstrar a importância e a necessidade da preservação dos ritos afro-brasileiros como patrimônio cultural do País. A Lavagem da Escadaria é feita com essência de alfazema, flores brancas e água para partilhar com as pessoas presentes a energia positiva das ervas e de outros elementos da natureza. Da Bahia Antônia nasceu na cidade de Boa Nova, na Bahia, em 15 de maio de 1943. É filha de José Oliveira Lima e Ricardina Pereira de Lima. Chegou a Campinas em 1968, se casou e teve três filhos (Íris, Ivone e Ivan). Figura em diversos segmentos na cidade: participou da Corrida Integração, em 2002; é integrante do Programa do Micro Empreendedor da Prefeitura; foi membro do Grupo de Trabalho de Combate à Intolerância Religiosa da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e é sacerdotisa da Comunidade Tradicional de Matriz Africana.


"Por todo o seu trabalho em favor da religiosidade, cultura e resgate histórico, Antônia é merecedora da homenagem. Além de ser a primeira mulher de comunidade tradicional a receber o título, é negra, o que é muito simbólico neste mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher (8) e o Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial (21)", disse Carlão.

Por Dandewara Pereira 


::: CONVITE :::

Sessão Solene de entrega de título de Cidadã Campineira à 
Antonia de Lima Duarte (Mãe Corajacy)
17 de Abril de 204 às 20:00 h no
Plenário da Câmara Municipal de Campinas
Rua Roberto Mange ,66 - Ponte Preta







quinta-feira, 3 de abril de 2014

::: Vivenciando a LEI CAÓ - 7716/89

03/04/14

::: INTOLERÂNCIA RELIGIOSA (Lei 7716/89 – lei Caó) :::

O jornalista, ex-vereador e advogado Carlos Alberto Caó Oliveira dos Santos, criou a Lei 7716/89, a chamada Lei Caó, que estabelece a igualdade racial e o crime de intolerância religiosa.

A lei Cão tem o nome em homenagem ao seu autor, Carlos Alberto Caó Oliveira dos Santos. Segue o artigo 20 da Lei Cão:

“Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas de alguém ou ser motivada pela intolerância contra as crenças e práticas religiosas de outrem”.

(*) Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
I – o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II – a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.

§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreendido. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

** Exemplos da Lei na pratica:

Caso 01 – Rio de Janeiro

No Rio, o pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Trabalhadores da Última Hora Pr. Isaías da Silva Andrade recebeu em sua igreja Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como “Tico”, acusado como autor de roubo e a morte do turista italiano George Morassi, em novembro de 2007. Ali, Tico recebeu o Evangelho e aceitou Jesus.

O pastor aconselhou o criminoso arrependido a se entregar para a polícia. Na delegacia, o pastor, relatou: “Tico estava possuído por uma legião de demônios, como o Exu Caveira e o Zé Pilintra. Fizemos uma libertação nele e o convencemos a se entregar hoje”. Por causa dessa declaração, o pastor, que é afro-descendente, caiu vítima da Lei Caó, sendo denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por prática de preconceito religioso contra as entidades do candomblé.

Fazendo aplicação do artigo 20 da Lei Caó, a promotora Márcia Teixeira Velasco fez questão de ser a autora da denúncia contra o pastor afro-descendente, expressando a opinião de que o candomblé e seus praticantes “foram atingidos diretamente com a declaração racista e discriminatória, eis que o denunciado vilipendiou entidades espirituais da matriz africana, com a espúria finalidade de proteção de autor de nefasto crime”.
 
Por Ofá nylá
Ilè Asé Damatá Okè




 

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