quinta-feira, 20 de novembro de 2014

::: Indicação de LEITURA - Zumbi


   20 de Novembro - Dia de ZUMBI dos PALMARES   


Indicação de literatura infantil:

ZUMBI, O MENINO QUE NASCEU E MORREU LIVRE
Escritora: Janaína Amado
Ilustração: Gilberto Tomé
Classificação: 8 - 11 anos
Editora: Formato

Sinopse: 

Ele havia nascido livre. Corria solto pela mata, subia em árvores, lutava capoeira e empinava pipas coloridas. Um dia, porém, foi capturado. Levado para longe de tudo e de todos, para um lugar totalmente desconhecido. No entanto, esse menino nunca se esqueceu de sua gente. Logo que teve uma chance, ele fugiu. Por meio da história de Zumbi dos Palmares, pode-se acompanhar a história de um povo contra a escravidão e sua luta pela liberdade. Um dia, o menino que nasceu livre, que foi capturado e que mesmo assim voltou para seu povo, lutando até o fim, se tornaria o líder pelo respeito ao ser humano e pela preservação dos valores pessoais.


  Atividades Didáticas  

- Atividades que identificam a vida e a luta de Zumbi dos Palmares;
- Conhecendo o que é um quilombo e a situação dos negros foragidos;
- O que é consciência negra;
- Luta contra o racismo.



"Em apoio e incentivo à Lei 10.639 - Ensino da história e cultura africana e afro brasileira nas redes escolares."   

por: Mãe Dinah D'Iansã
20/11/14





sexta-feira, 31 de outubro de 2014

::: Indicação de LEITURA - Saci Pererê


     31 de Outubro - Dia do SACI PERERÊ     

Indicação de literatura infantil: OS DEZ SACIZINHOS
Escritora....: Tatiana Belinky
Ilustrações: Roberto Weigand
Editora......: Paulinas
Faixa etária:

Este livro é uma brincadeira matemática de subtrair sacis. Entre versos e estrofes, dez sacizinhos vão desaparecendo em situações inusitadas.

 ATIVIDADES DIDÁTICAS 
- Leitura e Oralidade;
- Números e operações;
- Reconhecimento do mito no folclore brasileiro;
- Rimas, sonoridade e sílabas.



"Em apoio e incentivo à Lei 10.639 - Ensino da história e cultura africana e afro brasileira nas redes escolares."   
por: Mãe Dinah D'Iansã
31/10/14













quarta-feira, 24 de setembro de 2014

::: Racismo em escola


::: Racismo em escola de Campinas é denunciado ao Ministério Público :::


Para denunciantes, caso evidencia omissão de agentes políticos com o descumprimento da lei federal 10.639/03 e da LDB, que determinam o ensino da história afro-brasileira nas escolas.



Um possível caso de racismo contra uma funcionária nas dependências da Escola Estadual Jornalista Roberto Marinho, na região sudoeste de Campinas, foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE), pelo vereador Carlão do PT e o Grupo Força da Raça, na segunda (22/9). Segundo relatado pela vítima, que trabalha na biblioteca, alguns colegas de trabalho lhe disseram que a coordenadora da escola se referiu a ela como “negra maldita”, em uma reunião com professores, dia 10 de setembro. Ela afirma, ainda, que a direção da escola tem pleno conhecimento do fato. 



 O caso chegou ao conhecimento dos denunciantes por meio da campanha “É Racismo! Não É Um Mal Entendido”, realizada desde março de 2013 pelo mandato do vereador e grupos que atuam no combate ao racismo na região de Campinas. Na avaliação deles, o possível crime de racismo evidencia a omissão de agentes políticos com o descumprimento da lei federal 10.639/03, que incluiu na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, nº 9.394/1996) a obrigatoriedade do ensino regular da história afro-brasileira em todas as escolas do País (públicas e privadas). Embora em vigor desde 2003, a lei ainda não é aplicada na maioria das escolas. 


Fonte: http://www.carlaopt.com.br/

24/09/14






quinta-feira, 18 de setembro de 2014

::: Tombamento de 10 terreiros na Bahia


Decisão do Conselho de Cultura foi divulgada após sessão na quarta.Órgão argumenta que tombamento é melhor alternativa para proteger bens.

O Conselho Estadual de Cultura da Bahia aprovou, por unanimidade, um parecer da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural, que solicita o tombamento e o registro especial de 10 terreiros de candomblé em São Félix, no Recôncavo Baiano. A decisão foi divulgada após sessão realizada na quarta-feira (17). 

Em nota, o Conselho informou que o parecer é resultado de uma solicitação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura (IPAC), para que fosse feito o registro especial desses espaços como patrimônio imaterial. No entanto, a Câmara "decidiu que o tombamento é a melhor alternativa para garantir a proteção desses terreiros e a conservação dos seus espaços físicos". 

Segundo o Conselho, o registro especial proposto aos terreiros prevê a preservação dos aspectos simbólico-culturais. O órgão explica que a medida zela pelos bens imateriais, como as manifestações populares. Já o tombamento é voltado para a preservação física dos espaços, "para bens culturais materiais, como imóveis e obras de arte". 

Confira a relação dos terreiros contemplados no dossiê analisado pelo Conselho Estadual de Cultura da Bahia:
1 - Terreiro Humpane Ayomo Huntólogi
2 - Terreiro Viva Deus ( Asepó Eran Opé Olúwa) 
3 - Terreiro Aganju Didê 
4 - Terreiro Raiz de Ayrá 
5 - Terreiro Ilê Axé Ogunjá 
6 - Terreiro Lobanekum 
7 - Terreiro Ogodô Dey 
8 - Terreiro Dendezeiro Incossi Mukumbi 
9 - Terreiro Ilê Axé Itayle 
10 - Terreiro Labanekum Filha


18/09/14











::: Festa de Iemanjá Peruíbe



:::APROVADO NA CÂMARA PROJETO DE LEI DA FESTA DE IEMANJÁ:::


Comissão organizadora das festividades à Iemanjá
O Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Peruíbe, na pessoa da Conselheira Presidente Luciane Maria Carmeille, esteve dia 17 de setembro, presente à Sessão Ordinária realizada na Câmara Municipal e participou do momento em que foi lido e aprovado o Projeto de Lei que regulamentará as Festividades da Semana de Iemanjá no município.


O Projeto de Lei foi discutido entre os Sacerdotes e Sacerdotisas de Matrizes Africanas da cidade e com o apoio deste Conselho foi organizada em reunião que contou com a presença significativa de representantes de Casas e Templos de Peruíbe a Comissão formada por Sacerdotes e Sacerdotisas, que elaborou o documento entregue à Vereadora Mari Laila Tanios Maalouli, que prontamente convidou a Drª Vânia – responsável pelo Setor Jurídico do Legislativo de Peruíbe para que auxiliasse a Comissão nos detalhes necessários para que o documento fosse encaminhado às Comissões para posteriormente ser lido e aprovado em sessão.

Membros da Comissão Organizadora das Festividades da Semana de Iemanjá: Pai Luiz Santos – Casa Laje Grande, Aguinaldo Luiz Machado – Tenda de Caridade Sol Nascente C. Jurema , Yá Brígida de Souza Ferreira – Afefé Odara Omi Ayé Dída, Diogo de Souza – Abassá Odé Baomim Axé Tumba Jussara, Babá Eduardo Osumare – Ile Afujidan e Comunidade Lua Branca, Maurício Ogum – Kwê Gunjá, Pai David Veronezi – Tenda da Caridade, Eliane Deleu Yunes – Casa de Yemanjá Centro de Umbanda de Peruíbe, Olivan Luciano e a Conselheira Presidente deste Conselho – Luciane Maria Carmeille.


No dia de hoje o documento foi APROVADO em UNANIMIDADE pelos Vereadores presentes e para que Peruíbe efetivamente tenha em seu Calendário Anual de Eventos a SEMANA DE IEMANJÁ, basta a sanção da Srª. Prefeita Municipal.


Este Conselho parabeniza a Vereadora Mari Laila Tanios Maalouli que abraçou esta iniciativa popular, as pessoas que estiveram envolvidas direta e indiretamente e todos os Sacerdotes e Sacerdotisas envolvidos neste processo que é um marco histórico para nosso município e estamos certos de que haverá o respeito às Tradições Religiosas e o Presente de Iemanjá será realizado por todos nós!


Fonte: Conselho da comunidade negra de Peruíbe
18/09/14



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

::: A Musicalidade na Umbanda



Workshop Gratuito
 ::: A MUSICALIDADE NA UMBANDA ::: 

O Aldeia do Caboclo Pedra Preta tem a imensa alegria de convidá-los para o Workshop Gratuito "A MUSICALIDADE NA UMBANDA", administrado pelo Alabê Sandro Mattos da APEU/ SP. 

Se realizará na sede do Aldeia, no dia 31 de Agosto/14, das 10:00 às 15:00 horas. Pedimos a gentileza de confirmarem presença, pois será servido almoço. 

Sejam todos bem vindos!!
Saravá!!




sexta-feira, 8 de agosto de 2014

::: 4a. Feijoada com Pagode




Evento Criado há 3 anos atrás para arrecadar fundos para o dia de Kizomba em outubro e Natal Solidário em prol das crianças carentes, um ato de carinho e solidariedade realizado pela equipe "PASSANEL". Feijoada com Samba, ambiente Familiar venha você e sua família passar uma tarde agradável com equipe "PASSANEL" e Mãe Dango.

Domingo, 7 de setembro/14 - às 13:00 - 19:00
LOCAL: O Pulo Do Gato
Av.Antonio da Costa Santos, 315 Jd Nova América, Hortolândia

Convites já a venda.  

Informações: (19) 3809.1608 - (19) 9766.8922

** Veja as fotos do Evento: Clique Aqui



segunda-feira, 14 de julho de 2014

::: A origem do nome CANDOMBLÉ


14/07/14

“KA NZO NDOMBE”!!!
“KA NDOMBE”!!!
“CANDOMBLÉ”!!!

   A origem do nome “CANDOMBLÉ”    


Primeiramente temos compreender o motivo que fez com que essa expressão fosse escolhida para denominar a Religião dos Deuses Africanos no Brasil sendo essa denominação desconhecida em terras yorùbá. Vale salientar que esse termo surgiu na Bahia, sendo que em outros Estados, o “Candomblé” originalmente recebeu outras denominações. Exemplificamos com o “Xangô” (Recife) ou Batuque (Rio Grande do Sul).

Há algumas teorias para a etimologia do termo “Candomblé”. Para nós, o que parece fundamentalmente plausível é que a expressão seja a corruptela de uma frase do idioma Kimbundo, falado em Angola por milhões de pessoas. A frase seria: “Ka Nzo Ndombe”.

“Ka Nzo Ndombe” significa em Kimbundo “Pequena Casa de Negros” ou “Pequena Casa de Nativos”. O “Ka” é utilizado como diminutivo. “Nzo” significa “Casa” (vide o nome de diversos Terreiros de origem Angola, que carregam em seus nomes a palavra “Nzo”) e por fim, “Ndombe” (Negro/Nativo).

Assim, acreditamos que o “Ka Nzo Ndombe” tornou-se “Ka Ndombe”, até popularizar-se como conhecemos e falamos hoje “Candomblé”.

Desse modo, não é difícil imaginar um grupo de negros provindos de Angola, dizer: “Vamos ao Ka Nzo Ndombe”. Afinal, eles deixaram como herança para o português do Brasil, uma infinidade de termos e expressões que tem na sua origem, o Kimbundo. Exemplificamos: “Marimbondo”, “Quitanda” (Kitanda), “Farofa” (Falofa) e tantas outras palavras.

Também não é difícil de imaginar, que nos primórdios do Candomblé na Bahia, os lugares de louvação aos Deuses Africanos fossem casebres em lugares distantes do comércio, onde se agrupavam os negros nativos, ou seja, “Ka Nzo Ndombe” (Pequena Casa de Negros/Nativos).

Mas fica a questão da razão da utilização de um termo Kimbundo para nomear uma religião, não somente dos negros de Angola, mas Yoruba, Dahome (Jeji), Egba, etc. Sobre isso, é importante destacar que no Brasil, originou-se um fenômeno de irmandade e de laços étnico-religiosos que no continente africano, a princípio era inexistente. Inexistente por questões como a distância física entre Angola e Nigéria (mais de 2 mil quilômetros), bem como, as disputas territoriais entre Nigéria e Dahome (Benin). Esse conglomerado religioso e de respeito mútuo emergente no Brasil, dificilmente pode ser imaginado no continente africano.

Isso é, sem dúvidas, um aspecto cultural que nos diferencia. Esse respeito e ligação entre os povos são identificados igualmente em alguns cânticos. Basta observar, como exemplo, aquele que se tornou um hino no Brasil para as casas de origem Yorùbá, que diz que os Filhos do Alaketu (Rei de Ketu) devem-se abraçar (...Omo Alaketu Famora...)

Essa união ora edificada pelos negros religiosos que aqui se estabeleceram responde a questão do surgimento do termo “Candomblé”, bem como, sua utilização por povos distintos à origem Angola. Mas se a expressão “Candomblé” nasceu no Brasil, qual então é o nome para a religião dos Òrìsàs em terra yorùbá? No ventre da nossa cultura, a Religião dos Òrìsàs é conhecida como “Isese Lagba” (Ixéxé Lagba) ou ainda como “Esin Ibile Yoruba”. 


Fonte:
** Casa de Oxumaré - Ilê Oxumarê - Tradição ancestral com Compromisso social
** Imagem internet






domingo, 13 de julho de 2014

::: Registro de Nomes Africanos

13/07/14



Há 22 anos, nascia a primeira filha do compositor, arte-educador e poeta Guellwaar Adún. Conhecedor  da cultura africana e tendo o candomblé como religião, Guellwaar desejava que o nome da sua filha correspondesse aos valores e crenças dele e da mãe da menina. Decidiram, então, que a criança se chamaria Kemi, nome comum na África e que significa “abençoada”.

Na época, ao tentar registrar a filha, Guellwaar esbarrou em um problema que ainda
permanece nos dias atuais: a dificuldade de registrar filhos com nomes africanos.Esteve em três cartórios e, em todos, não só os oficiais de registro se recusaram a registrar a criança, como também tentaram convencê-lo de que seria melhor optar por um nome mais “comum”.

“Foi algo constrangedor. Tentava explicar que não tinha escolhido esse nome porque o achava bonito, mas porque tinha a ver com a história da minha família, com meus ancestrais, mas foi bem difícil”, afirma. Há menos de 4 anos, se viu obrigado a passar pela mesma situação. Foi quando nasceu a sua segunda filha, fruto do seu atual relacionamento. Dessa vez, o nome escolhido foi Ominirê, que significa “água da sorte” em iorubá.

Foi ao cartório e ouviu da oficial que o registro não seria possível. “Ela pegou um livro antigo de nomes  brasileiros e disse que Ominirê não existia na lista. Expliquei que este era o nome de reis e doutores africanos, que bastava ver na internet, mas ela disse que não tinha como acessar”.

Guellwaar teve que ameaçar chamar seus colegas do movimento negro para ter, enfim, o seu pedido atendido. “O que leva um oficial a permitir o registro de nomes católicos como Bento e Pedro, por exemplo, ou de nomes franceses e ingleses e a criar problemas com os nomes de orixás e africanos?”, questiona o compositor. É o que também pensa babá Farofim (Eldon Araújo Lage), babalorixá do terreiro Ilê Axé Fará Ayó Aladê Ologum Edé, localizado na Estrada Velha do Aeroporto. Até hoje, ele não consegue entender o que levou o oficial do cartório em que registrou a sua filha, Sophia Adeloyá, de 3 anos, a aceitar de forma tranquila o nome grego e a criar barreiras com o nome africano.

“Adeloyá significa ‘pessoa que carrega a coroa de Iansã’. Minha filha nasceu no dia 4 de dezembro, dia de Iansã. Além de ter tudo a ver com a nossa história e cultura, existe uma razão para a escolha desse nome, mas eles ignoram. No final, tive que registrá-la como Sophia Adeloya, sem o uso do acento porque eles disseram que o nome teria que seguir o padrão gramatical utilizado no Brasil”, explica babá Farofim.

  Origem  

Mãe do garoto Yombo Mbiya, 8, e da menina Nzeba Bilonda, 6, a professora de antropologia Taynar Pereira teve mais sorte no momento de registrar os filhos, segundo ela, por uma razão: o pai deles tem origem africana. “Com certeza, isso facilitou. No caso de Nzeba houve uma certa resistência, mas bastou meu ex-marido apresentar os documentos e mostrar como se escrevia para que o oficial fizesse o registro”, conta. Para a antropóloga, colocar nomes africanos nos seus filhos é uma forma de reconstruir a imagem do negro na sociedade.

“Acredito que essa resistência existe porque o que é atribuído ao negro ainda é visto como algo negativo. O nome que a gente escolhe para as nossas crianças é justamente uma forma de desconstruir essa negação e de reafirmar a nossa história e identidade”.

  Conheça mais sobre o assunto A Lei  

- De acordo com a Lei Federal n° 6.015 de 1973,  o oficial de registro civil deve recusar prenomes que exponham a pessoa ao ridículo ou que possam causar constrangimento  e problemas sociais Recusa - Caso o oficial não efetue o registro, cabe aos pais inconformados com a recusa submeter o caso, por escrito, ao juiz competente para que ele possa julgue o caso. Não há tempo determinado para o julgamento Critérios  - O argumento utilizado pelos pais está entre os critérios para a avaliação do nome. Quando foge ao usual, é solicitado que o responsável informe a sua origem e que justifique a escolha Gramática - Os oficiais normalmente orientam os pais ou responsável para que a grafia, especialmente a acentuação, esteja de acordo com as normas gramaticais vigentes Mudança do nome  - Caso a criança não goste ou se sinta constrangida com o nome que lhe foi atribuído, é possível fazer a alteração do prenome no primeiro ano após ser atingida a maioridade civil, entre os 18 e os 19 anos. Depois disso, só casos específicos estabelecidos em lei Documentos  - Para alterar o prenome (exceto se houver um claro erro de grafia) é preciso convencer um juiz de que ele realmente provoca transtornos e que a mudança não trará prejuízos a ninguém. Além disso, a pessoa terá que substituir todos os seus documentos, além daqueles em comum com filhos e marido/esposa. 




quinta-feira, 10 de julho de 2014

::: Bonecas Negras x Barbie


Taofik Okoya cria bonecas negras para combater preconceito e vendem mais que Barbie


“Meu objetivo é mudar a realidade de milhares de crianças com brinquedos próximos de sua realidade”, disse o empresário Taofik Okoya, deixou o cargo de diretor da empresa de seu pai na África para abrir uma empresa de bonecas. 

A ideia surgiu quando ele precisou comprar uma boneca para sua sobrinha e percebeu que no mercado só haviam bonecas brancas e muito caras. Okoya então resolveu fazer algo importante pelas garotas africanas. Ele criou o projeto ‘Queens of Africa’ (Rainhas da África), uma série de bonecas negras, inspiradas em em grandes mulheres da história africana.


“Meu objetivo é mudar a realidade de milhares de crianças com brinquedos próximos de sua realidade”, disse o empresário. Com a maior população de crianças negras no mundo, as bonecas de Okoya atualmente são mais vendidas que as Barbie, na Nigéria, o que mostra um grande avanço cultural, pois muitas famílias tinham resistência a comprar bonecas, por considerá-lo um brinquedo elitista.



** Fonte: Geledes.org.br
10/07/14







segunda-feira, 30 de junho de 2014

::: Centenário Mãe Biu do XAMBÁ




29 de Junho de 2014


Filha de Ogum, Severina Paraíso da Silva (Mãe Biu) nasceu em 29 de junho 1914. Filha consanguínea de José Francelino do Paraíso, casado com Maria do Carmo Paraíso, que fora sua madrasta, foi iniciada por Artur Rosendo Maria Oyá, nos ritos da Nação Xambá em 1934. Responsável pela sobrevivência da tradição em mais de uma década de repressão policial contra as religiões de matriz africana em Pernambuco, Mãe Biu dirigiu por 40 anos a casa que é hoje considerada a única da Nação nas Américas. 

  ANCESTRALIDADE  
A tradição religiosa parte de uma área de fronteira entre Camarões e Nigéria, chegando ao Brasil em 1923. Com a repressão policial e o falecimento de Maria Oyá, yalorixá e matriarca da Nação, a família Xambá se dispersou em 1939 e só se reencontrou quando Mãe Biu reabriu seu terreiro em Santa Clara, no Recife.

 “Foram tempos difíceis. Só nos restabelecemos de fato em 1950 quando migramos para Olinda”, conta Guitinho de Xambá, sobrinho-neto de Mãe Biu, esclarecendo a estruturação do Quilombo Portão do Gelo que passou a existir em função do Terreiro e foi certificado pela Fundação Cultural Palmares em 2006. O rapaz destaca Mãe Biu como figura central da Nação Xambá no país.

“Foi ela quem conseguiu reunir a família e a reorganizá-la em seus princípios e valores ético, moral e espiritual”, enfatiza. Guitinho ressalta ainda, o fato de a comunidade sempre ter sido liderada por mulheres. Tal respeito é continuado de tal modo que, desde o falecimento da yalorixá, seu trono permanece a espera de uma sucessora, uma nova Iansã, à sua altura.

  TRADICIONALIDADE  
Dona de uma personalidade forte, negra, mãe de quatro filhos. Era esse o perfil da grande Ialorixá que enfrentou os obstáculos de uma época em que o país foi marcado pela repressão. Um de seus filhos, Adeildo Paraíso da Silva ou Pai Ivo de Xambá, assumiu em 2003 a direção do Terreiro – 10 anos após o falecimento de sua mãe – com a responsabilidade de preservar o Culto aos orixás. Ele se recorda de Mãe Biu como uma mulher amável e dedicada na transmissão dos conhecimentos tradicionais. 

“Ela era muito evoluída e foi quem empoderou a Nação. Sem ela, a tradição Xambá não teria resistido no Brasil”, explicou. Sempre preocupada com a consciência negra e com a continuidade dos saberes, apesar de analfabeta Mãe Biu garantiu que os ritos e tradições fossem registrados pela escrita, por veículos impressos de comunicação e por cerca de 800 fotografias. 

  HERANÇA    
Hoje Severina Paraíso da Silva é o nome da Rua que deu origem à comunidade de Portão do Gelo, o primeiro quilombo urbano de Pernambuco. De acordo com Ivo do Xambá, a conquista garantiu reconhecimento e benefícios aos moradores do bairro que vive em função do Terreiro. O dia-a-dia no quilombo é baseado no respeito às tradições, à família e aos mais velhos de modo que os conhecimentos são transmitidos de geração para geração. 

As fotografias, roupas e peças ritualísticas deixadas pelos ancestrais da Xambá contemporânea compõem o acervo do Memorial Severina Paraíso da Silva. O espaço fica na casa onde foi aberto originalmente o Terreiro e mantém importante patrimônio material e imaterial etnológico. Um legado aos adeptos e seguidores do Candomblé da Nação.Todos os anos, na data em que todo o país rende homenagens à São Pedro, seguindo o calendário católico, o Quilombo Portão do Gelo, sem desrespeitar ao santo, volta sua celebração com muita festividade à ancestralidade africana e às vitórias da Nação em mais um ano de resistência.

Leia também: CENTENÁRIOS NEGROS - Joãozinho da Goméia - part. 1


Fonte:
* Imagem - Fundação Palmares.org



terça-feira, 17 de junho de 2014

::: Juristas contra a Intolerância



 Grupo Multireligioso de juristas é criado para combater a  intolerância 

 Advogados irão agir conjuntamente em casos de denúncias de  discriminação 


RIO - Representantes de várias religiões decidiram criar um grupo de juristas para defender fieis das mais variadas matizes de casos de preconceito e intolerância. A decisão foi anunciada por integrantes de Igreja Católica, Umbanda, Candomblé, Budismo, Islamismo e Judaísmo. O grupo foi recebido num templo de candomblé, localizado no Bairro de Bonsucesso, na Zona Norte, nesta segunda-feira. A ideia surgiu depois que o juiz Eugênio Rosa, da Justiça Federal, afirmou, em sentença emitida a um pedido de liminar, que umbanda e candomblé não são religiões.

O interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, representante do candomblé, celebrou o caráter “inédito” da criação do grupo de advogados para defender os direitos das manifestações religiosas - tenham elas o cunho que tiverem. Ele conta que a ideia surgiu de uma conversa com representantes da Igreja Católica e começou a ganhar força nas últimas semanas. O grupo também irá acompanhar o desenrolar do atual processo na Justiça Federal.
- Vamos manter a mobilização e nossa ofensiva junto ao Judiciário. Com o grupo, começaremos a monitorar outras agressões e casos de preconceito que possam surgir. Finalmente, poderemos agir de forma unida - afirma Ivanir, emendando, ainda, que a investida de se reunir juristas em torno de várias crenças é inédita “no mundo”.
A tentativa das lideranças é mais ambiciosa e terá um obstáculo pela frente: trazer para o debate sobre intolerância religiosa representantes dos evangélicos, que ainda não sinalizaram positivamente neste sentido. Alguns dos vídeos acusados de desrespeitar umbanda e candomblé - e alvos do processo judicial em curso - têm como cenário, justamente, templos neopentecostais. Ivanir dos Santos declarou que já se abriu uma porta ao diálogo com algumas lideranças, mas ainda não houve avanço em definitivo. Ele sustenta que, com a decisão liminar do desembargador, as esperanças de uma vitória final na justiça aumentam.
- Com a decisão do desembargador uma luz se acendeu. Mesmo com o processo voltando para o mesmo juiz, acreditamos que temos uma chance grande de sairmos vitoriosos. Não somos contra a liberdade de expressão, mas contra o ódio e o preconceito (que seriam expostos nos vídeos).



Fonte:
* O Globo Online - Clique aqui (Por Juliana Prado)

17/06/14


::: Museu Afro Brasil /SP - Exposições




Museu Afro Brasil celebrará o dia Internacional da África com duas novas exposições. No ano em que comemora seus dez anos de fundação, o Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria de Estado da Cultura, celebrará também o Dia Internacional da África com duas novas exposições: "Objetos simbólicos - Casa do Patrimônio de Porto Novo, Benin" e "Espírito da África - Os Reis Africanos". 
As duas mostras estreiam no dia 22 de maio, às 19h. Ambas permanecerão em cartaz até 3 de agosto de 2014. 

"São muitos os reinos descobertos nesta expansão dos portugueses pelas ilhas atlânticas e do Continente Africano. Com uma organização política, social e religiosa, esses soberanos negociaram e trocaram correspondências com os reis portugueses e até se batizaram para receber, não só a bênção cristã, mas a proteção de suas majestades", conta o diretor-curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo.

A exposição "Espírito da África – Os Reis Africanos", do fotógrafo Alfred Weidinger, traz retratos de reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano e oferece um diálogo com obras do acervo do Museu Afro Brasil. Estatuetas dos Camarões cobertas por miçangas, presentes na exposição de longa duração do museu, podem ser relacionadas às insígnias de poder (do mesmo material) que acompanham o rei de Babungo, dos Camarões, fotografado por Weidinger. O guarda-sol multicolorido dos povos fon do Benin, com símbolos de poder bordados, também pode ser visto num retrato do rei de Dassa, do mesmo país. "A exposição do fotógrafo austríaco Alfred Weidinger tem um grande significado para a história e a memória ancestral, já que esses líderes tribais não têm mais poder político, mas na sua essência decorativa são conselheiros, lembrando a memória de uma África perversamente desfeita pelas novas divisões territoriais, que uniram diferentes etnias", afirma o curador Emanoel Araujo. 

Por sua vez, a exposição "Objetos simbólicos - Casa do Patrimônio de Porto Novo, Benin" reúne moedas africanas, objetos litúrgicos e roupas de Obás (título honorífico das realezas iorubanas), da coleção da Casa do Patrimônio de Porto Novo, no Benin. Além de apresentar uma faceta da cultura material da África pouco conhecida do grande público, revela uma sofisticada rede de trocas comerciais entre diferentes povos africanos e um conhecimento técnico da metalurgia desde antiguidade. De variados tamanhos, formas e materiais, como o bronze, o cobre e o ferro, as moedas africanas, além de terem sido usadas para pagamentos e trocas, eram objetos de prestígio e símbolos de um reconhecimento social de seu portador. 

Exposições: 
- "Espírito da África - Os Reis Africanos" 
- "Objetos simbólicos - Casa do Patrimônio de Porto Novo, Benin" Abertura em 22 de maio, às 19h.
Encerramento: 3 de agosto 2014

Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera - Portão 10
São Paulo / SP - 04094 050
Fone: 55 11 3320-8900
Entrada gratuita

www.museuafrobrasil.org.br
O funcionamento do museu é de terça-feira a domingo, das 10 às 17hs,
Com permanência até às 18hs. Na última quinta-feira de cada mês, o horário de funcionamento será estendido até às 21hs, para atendimento noturno ao público visitante.

Informações para a imprensa – Museu Afro Brasil
* Gabriel Cruz – (11) 3320-8940 – gabriel.cruz @museuafrobrasil.org.br
Flavio Costa - flavio@museuafrobrasil.org.br
*Jamille Menezes – (11) 2627 8243 – jmferreira@sp.gov.br


Fonte: 
* MUSEU AFRO BRASIL - http://www.museuafrobrasil.org.br 




sexta-feira, 6 de junho de 2014

::: Um Abraço que Vale Toda uma Luta



 Terreiro do GANTOIS



 UM ABRAÇO QUE VALE TODA UMA LUTA CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA  

Festa de 12 anos de Celebração 
de Mãe Carmen no Gantois


Em determinado momento da festa, filhos e filhas de santos da casa resolveram homenagear Mãe Carmen cantando à capela a música "A Força do Gantois" do grande mestre do samba, Nelson Rufino. Para valorizar a beleza e a força do canto espontâneo dos integrantes do Gantois, usamos no início da edição deste filme, a gravação do DVD de Nelson e que conta com a bela participação de Mariene de Castro. Mas, a cena mais tocante desse registro, histórica até, é o abraço caloroso entre Mãe Carmen, a Iyalorixá do Gantois e o Pastor Djalma Torres, líderes de religiões tão diversas, que celebram emocionados a concórdia, o maior aliado da paz contra a intolerância religiosa.




A FORÇA DO GANTOIS
Canto para Mãe Carmem
( Nelson Rufino )

A força do Gantois continua lá
Mãe Carmem mandou dizer num tom bem feliz
Que está seguindo o caminho que Mãe Minininha sempre quis
Na mesma fé, na mesma raiz
Quem se afastou por um tempo pode chegar
Bater cabeça de novo no Ganzua
Que a filha de Oxa Guiã tá lá para lhe receber
E lhe abençoar com as águas de Oxalá
Salve Dona Oxum, que cuidou de mãe menininha
Seu Oxa Guiã está cuidando da sua filhinha
Tem, tem muito axé no Terreiro do Gantois
Mãe menininha ensinou pra tudo continuar
Vem ver, vai lá confirmar
O bem, o dom que Deus dá





  CARMEN OLIVEIRA da SILVA  
(Mãe Carmen do Gantois ou Mãe Carmen de Oxalá)
Nasceu em 29 de dezembro de 1928, Salvador, Bahia.

Filha caçula de Mãe Menininha, Mãe Carmen de Oxaguian foi iniciada aos 7 anos de idade, nasceu e cresceu dentro da Casa do Candomblé e viveu grande parte de sua vida como Iyalaxé do Gantois. É mãe de 02 filhas, Ângela Ferreira Iyakekerê e Neli Cristina Iyadagan, tem 03 netos, sendo todos iniciados no candomblé, e 01 bisneta. Desde 2002, está no comando do Candomblé do Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé – Terreiro do Gantois, na cidade de Salvador, Bahia, quando assumiu o posto de Iyalorixá. 

Ao longo dessa trajetória, tem desempenhado um papel fundamental na preservação das tradições de sua família, que possui ancestralidade africana, dando seguimento com muito respeito, amor e firmeza à missão que os Orixás designaram.

Recebeu a Medalha 02 de Julho, pela Prefeitura Municipal do Salvador, entregue a personalidades baianas de destaque. E, pelo Governo do Estado, possui o título de Grã Mestre Comendadora. Em virtude de todo o trabalho que tem desenvolvido para preservação das tradições numa perspectiva de diálogo inter-religioso, Mãe Carmen foi agraciada com a “Medalha dos 5 Continentes ou da Diversidade Cultural”, comenda entregue pela Unesco.


Fonte: 
* Youtube - (Imagens captadas através de smartphone Motorola X pelo jornalista Valber Carvalho, Terreiro do Gantois, Salvador, Bahia, 30/05/2014) - Publicado a 05/06/2014

* Wikipédia - Mãe Carmem de Oxalá
  


pesquisa por Mãe Dinah D'Iansã
06/06/14
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

::: Trançando Arte Brasil - JUNDIAÍ












  ::: 5o. ENCONTRO NACIONAL DE TRANÇADEIRAS :::    

08/06 (Domingo)

Jundiaí é sede do maior encontro de trançadeiras do Brasil, o TRANÇANDO ARTE BRASIL que além de reunir e levar conhecimento para os profissionais da área é também uma das grandes ações de preservação de uma das tradições mais antigas trazidas de África, as tranças.

Venha participar dessa festa em torno desse Patrimônio Cultural Imaterial que é sinônimo de fortalecimento da auto-estima do provo brasileiro. 


Trançando Arte é troca de experiência!

É valorização de tradições ancestrais!
É reconhecimento dos profissionais!


Apresentações: 

:: Desfile de tranças

:: Shows diversos
:: Comidas tipicas
:: Feira de artesanato
:: Show de Margarete Menezes às 20:00h

Dia: 08 de Junho 2014

Local: Parque da Uva - Jundiaí
À partir das 9:00h
Entrada Gratuita

INSCRIÇÕES TRANÇADEIRAS:

(11) 4596-2729

INFORMAÇÕES:

(11) 4589-8450 ou www.jundiai.sp.gov.br


* vídeo do evento edição ano 2013









sexta-feira, 23 de maio de 2014

::: Exposição Cultura Afro-Brasileira

23/05/14

  EXPOSIÇÃO PUC - CAMPINAS  
"Ressignificações da Cultura Afro-Brasileira



O Museu Universitário da PUC-Campinas apresenta a exposição “Ressignificações da Cultura Afro-Brasileira”, em comemoração à 12ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS. A exposição estará disponível até o dia 12 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, no Museu Universitário que está localizado no Campus Central (Rua Marechal Deodoro, 1099 – Centro). 

A exposição museológica traz objetos tradicionais da cultura afro-brasileira, oriundos do acervo do Instituto Ibaô de Campinas. Ao todo, são apresentadas cerca de 100 peças como instrumentos musicais, vestimentas tradicionais e imagens religiosas. O objetivo da exposição é apresentar ao visitante o universo da cultura afro-brasileira nos dias atuais, seus significados e as razões de existir, deixando de lado o senso comum atribuído a esta tradição.

A visita ao Museu Universitário é gratuita e pode realizada individualmente ou em grupo. Se o visitante desejar o acompanhamento de monitor para obter mais informações sobre a exposição, é preciso fazer o agendamento pelo telefone (19) 3735-5898 ou email museu@puc-campinas.edu.br.


MUSEU UNIVERSITÁRIO
Exposição até 12 de Dezembro 2014
Seg a Sex das 9:00 as 22:00h




 

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