terça-feira, 24 de julho de 2012

::: BOLINHOS DE JESUS :: R&C :::


Baianas do Acarajé pela artista Amneris Hartley

APROVADA A LEI QUE PROIBE EVANGÉLICOS DE VENDER O ACARAJÉ

COMO  “BOLINHO DE JESUS”

A Comunidade Candomblecista ganhou a liminar que proibe igrejas evangélicas de venderem o Acarajé, uma comida típica da Bahia dedicada a Iansã, que seriam vendidos como “bolinho de Jesus”. O Acarajé é um patrimônio cultural brasileiro que muito contribui para a caracterização da identidade do brasileiro. Graças a esta ação as chamadas “Baianas” filhas deste orixá tão lindo e poderoso não sofreram mais com atitues tão preconceituosas por parte dos evangélicos! Iansã terá assegurado novamente seu delicioso Acarajé sem ter que concorrer com o capitalismo desenfreado em que se encontram grande parte das igrejas evangélicas.

Êparrei Iansã! Axé!


Um Pouco Mais...VOCÊ SABIA?!

ACARAJÉ BAIANO VIROU PATRIMÔNIO NACIONAL EM 01/12/2004

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu a importância cultural dos saberes e fazeres tradicionais aplicados na produção e comercialização das chamadas comidas de baiana, feitas com dendê, com destaque para o acarajé, e registrou o “Ofício da baiana do acarajé” como Patrimônio Nacional no dia 1º de dezembro de 2004

O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) determinou hoje o tombamento do acarajé como patrimônio nacional. A atividade das baianas que vendem o bolinho típico da Bahia também foi reconhecida e regulamentada como profissão. A reunião do Conselho, contou com a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Museu de Arte Sacra da Bahia. O acarajé surgiu como oferenda, nos terreiros de candomblé, e, atualmente, é vendido por quase cinco mil baianas em Salvador.

 “Se você tem uma religião que é contrária ao candomblé, por que vender acarajé e não qualquer outro quitute?” indaga Dona Dica diante do seu tabuleiro no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho, ressaltando que o acarajé, para a maioria das baianas de tabuleiro, filhas-de-santo, é indissociável do candomblé. Essa indistinção não deixa de ser, também, uma estratégia de diferenciação de seus produtos, num contexto de concorrência cada mais acirrada que é Salvador, uma cidade que atrai muitos turistas por ser considerada como o locus de africanismos no Brasil, a partir dos quais uma inegável comercialização da cultura negra tem se constituído.

Sagrado: O acarajé é uma comida ritual da orixá Iansã. O termo surgiu da junção de duas palavras: Akàrà, que significa “bola de fogo”, e “jé”, comer. Considerado uma comida sagrada pelas baianas, a receita não pode ser modificada e, originalmente, deveria ser preparada apenas pelas filhas de santo de Iansã.
De acordo com a Revista de História da Biblioteca Nacional, as primeiras Baianas de Acarajé foram africanas, escravas alforriadas, ainda na época do Brasil Colônia. A relação com a religiosidade era ainda mais forte, e a massa era feita no próprio terreiro, de onde a baiana saia com todas as obrigações a serem cumpridas a seu Orixá.

Conclusão: Sendo o Acarajé um Patrimônio Nacional Cultural é terminantemente proibido a alteração de sua receita e de seu nome, e tal atitude é enquadrada como crime ao objeto tombado, sujeito à penalidades.

Fontes: Wikipédia / Café História /Folha S.Paulo / IPHAN

 

1 comentários:

Caroline S.M disse...

Eu particularmente adoro acarajé! e achei muito mal da parte dos evangélicos terem vendido e falando ser 'bolinho de Jesus' sendo que o nosso acarajé tem uma cultura e tanto, além disso é patrimônio!

Saravá!

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