Baianas do Acarajé pela artista Amneris Hartley
APROVADA A LEI QUE PROIBE EVANGÉLICOS DE VENDER O ACARAJÉ
COMO “BOLINHO DE JESUS”
A Comunidade Candomblecista ganhou a
liminar que proibe igrejas evangélicas de venderem o Acarajé, uma comida
típica da Bahia dedicada a Iansã, que seriam vendidos como “bolinho de Jesus”. O Acarajé é
um patrimônio cultural brasileiro que muito contribui para a
caracterização da identidade do brasileiro. Graças a esta ação as
chamadas “Baianas” filhas deste orixá tão lindo e poderoso não sofreram
mais com atitues tão preconceituosas por parte dos evangélicos! Iansã terá assegurado novamente seu
delicioso Acarajé sem ter que concorrer com o capitalismo desenfreado em
que se encontram grande parte das igrejas evangélicas.
Êparrei Iansã! Axé!
Um Pouco Mais...VOCÊ SABIA?!
ACARAJÉ BAIANO VIROU PATRIMÔNIO NACIONAL EM 01/12/2004
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
reconheceu a importância cultural dos saberes e fazeres tradicionais
aplicados na produção e comercialização das chamadas comidas de baiana,
feitas com dendê, com destaque para o acarajé, e registrou o “Ofício da
baiana do acarajé” como Patrimônio Nacional no dia 1º de dezembro de
2004
O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) determinou hoje o tombamento do acarajé como
patrimônio nacional. A atividade das baianas que vendem o bolinho típico
da Bahia também foi reconhecida e regulamentada como profissão. A reunião do Conselho, contou com a
presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Museu de Arte Sacra da
Bahia. O acarajé surgiu como oferenda, nos terreiros de candomblé, e,
atualmente, é vendido por quase cinco mil baianas em Salvador.
“Se você tem uma religião que é contrária ao
candomblé, por que vender acarajé e não qualquer outro quitute?” indaga
Dona Dica diante do seu tabuleiro no Largo Quincas Berro D’Água, no
Pelourinho, ressaltando que o acarajé, para a maioria das baianas de
tabuleiro, filhas-de-santo, é indissociável do candomblé. Essa
indistinção não deixa de ser, também, uma estratégia de diferenciação de
seus produtos, num contexto de concorrência cada mais acirrada que é
Salvador, uma cidade que atrai muitos turistas por ser considerada como o
locus de africanismos no Brasil, a partir dos quais uma inegável
comercialização da cultura negra tem se constituído.
Sagrado: O acarajé é
uma comida ritual da orixá Iansã. O termo surgiu da junção de duas
palavras: Akàrà, que significa “bola de fogo”, e “jé”, comer.
Considerado uma comida sagrada pelas baianas, a receita não pode ser
modificada e, originalmente, deveria ser preparada apenas pelas filhas
de santo de Iansã.
De acordo com a Revista de História da
Biblioteca Nacional, as primeiras Baianas de Acarajé foram africanas,
escravas alforriadas, ainda na época do Brasil Colônia. A relação com a
religiosidade era ainda mais forte, e a massa era feita no próprio
terreiro, de onde a baiana saia com todas as obrigações a serem
cumpridas a seu Orixá.
Conclusão: Sendo o Acarajé um Patrimônio Nacional Cultural é terminantemente proibido a alteração de sua receita e de seu nome, e tal atitude é enquadrada como crime ao objeto tombado, sujeito à penalidades.
Fontes: Wikipédia / Café História /Folha S.Paulo / IPHAN